quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tu


Não sinto mais nada que uma mão a percorrer lentamente as linhas do meu corpo á mistura com um arrepio na espinha e calafrios na barriga, olho-te, amo-te e quero-te mais que tudo naquele momento.
Os suspiros de ambos que se envolvem num turbilhão de emoções fazem que tudo corra naquele momento, correm mãos, beijos, suspiros, apertões e quereres que nem os deuses podem satisfazer!
Lentamente entras em casa e olhas-me nos olhos, olhas-me com uma expressão só tua, expressão essa de desejo e de prazer, prazer por voltar mais um dia a casa do conforto que encontras nela. De um momento para o outro apoderas-te de tudo fazendo com que veja mundos infinitos perdidos por onde nem eu sei, sei que os vejo, sei que os sinto sei que nada sei quando vagueio, apenas sei que é o melhor de tudo, que és o meu melhor de tudo.
Chegada eu desse sitio contigo ainda em casa fazes a questão habitual de que se estou bem, beijas-me e sorris, um sorriso puro e doce, o teu sorriso...
Viagens longas das quais recolho as melhores partes para mim, um dia levo uma maquina comigo para te apresentar o mundo que me das, irias gostar de ver pois nesses momentos nada importa sem ser o teu toque que me arrepia, a tua respiração ofegante e tu, apenas tu.

Regresso


5:30 e a cidade esta deserta, começa a escurecer e não para de chover, sinto-me lisonjeada por poder ver esta magnifica chuva de um teatro logo na primeira fila e na cadeira do canto a minha preferida desde que me lembro de ver infinitas peças nesta casa.
Hoje não estou a ver uma peça qualquer, estou a ver a primeira chuvada de um salão nobre magnifico, todo ele azul e branco com candelabros dourados o que ate torna a chuva mais bonita. As pessoas correm para se esconder dela sem tempo de a poder observar, de ver quão bonita ela veio este ano, envergou o seu melhor traje para nos visitar e ninguém repara nela, seu eu pudesse convidava todos aqueles que passam na rua para entrarem aqui em minha casa, subir dois vãos de escadas e entrar na minha melhor sala para puderem ver com olhos der ver o bonito espetaculo que ainda agora começou, mas não posso nem quero, vou ser egoísta e ficar sozinha, gosto do silencio da chuva pegando-se ás altas vidraças e escorregando em pequenas lágrimas como se de um cumprimento se trata-se, gosto que estejas de volta e adoro o facto de te teres lembrado que vim para casa so para te puder ver!
Bem vinda sejas chuva =)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dias e dias


Tenho dias em que não são dias, tenho dias em que não sou eu, ou em que os outros não me vêem.
Hoje é um desses dias, dia em que o mundo me foge debaixo dos pés a um ritmo alucinante no qual eu não o consigo acompanhar explodindo de raiva pela imcompreensão tida por ele.
Se eu pudesse comprava um bilhete de comboio, para onde? Não sei, dirigia-me á bilheteira e no momento da verdade diria:
-Bom dia quero um bilhete!
Por sua vez quem me atendesse iria perguntar qual o meu destino e eu responderia:
-O que você desejar, venda-me um bilhete para uma terra que gostasse de visitar.
Embarcaria então nesse comboio com a minha mochila á procura de algo que não sei se existe e que nem pretendo procurar pois não lhe tenho interesse algum!
Adorava ser livre e poder fazê-lo sem dizer a ninguém, apenas ir porque sim, porque quero conhecer o mundo, porque me quero conhecer, saber qual é a sensação de estar e viver sozinha, dar vida á minha maquina e trazer nela as melhores imagens que possa recordar.
Para mim há dias que não são dias, dias que não queria acordar para não os recordar.

sábado, 9 de outubro de 2010

Pessoa só de nome


Do tão pouco que se pede á vida esta nega-nos sempre algo, algo com toda a importância para nós, ficamos amargurados e tristes, poços sem fundos e abismos sem fim.
O ser humano é de facto o bixo mais bixo que existe, e porque?
Não me apetece explicar o porquê, e' complexo e chato, cheio de manhas e artimanhas e vocês conhecem-no, pois são pessoas!
Até eu própria me acho fútil e sensível, adoro ter tudo para depois não ter nada porque não me apetece nada do que tenho, sensível porque adoro as caricias no meu corpo, tudo isto me leva a um ponto inesplicavel, tudo isto me faz uma pessoa.
Mas porquê pessoa? Nós somos bixos apenas falamos e dizemos ter sentimentos, pois não parece ao matarmos um animal indefesso, esse sim tem mais sentimentos do que nós, então porque não intitular-se esse animal como pessoa e a pessoa como animal?
Fico confusa, fico bastante confusa com o papel do homem na sociedade, no mundo, talvez não tenha, talvez tenha, mas até agora destruiu...
Queria poder não pensar, não ter com que preocupar apenas sentir, não ver nem ouvir pegar em mim e partir.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ser ou não ser, eis a questão!


Tenho vida sem a ter, tenho-a porque ma deram sem eu a pedir e hoje não sei lidar com ela e também não sei o que lhe faça.
Acho que antes de nascermos devíamos ser informados para aquilo que vínhamos, não era simplesmente proporcionar prazer a dois indivíduos desconhecidos que irão acabar, a bem ou a mal, por serem nossos pais.
Posso dizer que sou um erro teatral, a minha vida poderia muito bem ser uma peça de teatro, visto que foi nos confins do mesmo que fui concebida, sou uma farsa!
Porque não a farsa de Inês Pereira, que tem como objectivo comprovar o proverbio "Mais quero um asno que me carregue, que um cavalo que me derrube!", e lá está, eu no meio de tanta gente fui parar ao meu pai porque sabia que este iria procriar com uma mulher que m iria carregar mesmo que eu fosse uma farsa, e ela carregou!
Visto que sou uma farsa da união de dois indivíduos isso faz-me sentir sem sentido algum, sou por ser e não por querer, mas parece que todos hoje em dia apenas existimos e não vivemos, como se costuma dizer anda-se por ver andar os outros...
Hoje descobri que sou um nada, uma farsa que existe, hoje sinto-me sem sentir, sem sentido porque não existo!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Vivo sem viver


Desculpa vida mas deixei de te viver para me viver...
Deixei-te de lado pelo simples facto de me fazeres mal e de quase me matares, mas por sua vez descobri-me a mim e descobri que sou mais do que aquilo que alguma vez imaginara ser ou vir a ser...
Sem ti sou eu, um alguém louco pronto a viver, um alguém que descobriu que sem vida se podia viver achando outra vida na vida da loucura, hoje devido á loucura sou eu e sou feliz, hoje tenho todos os loucos comigo e que insistem em permanecer na minha viagem á mais profunda das loucuras e não os vou deixar, já me deram provas suficientes que querem chegar ao fim de tudo isto comigo.
Hoje vivo e caminho descalça sobre relva gelada
Hoje vivo e voou entre estrelas
Hoje vivo e deixo que o vento tome as formas do meu corpo
Hoje vivo e faço amor debaixo de um eterno luar
Hoje vivo porque sou louca
O meu hoje pode não ser o meu amanhã pois o meu amanhã já mais será o meu hoje e eu amanhã posso já nem estar, sei que hoje estou por estar, por controlar a loucura que me faz querer abalar...
Amanhã meus amigos...amanhã viverei livre numa terra distante...Eu sem vida, mas comigo!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Nada e tudo, tudo e nada


Hoje fechei os olhos...quando os abri não estava ali, não era mais eu, eu era algo que não eu, que não tu, que não nada...
Que não nada porem tudo, tudo o que o nada abrange e nada do que o tudo tem, eu tinha tudo mas sentia-me com nada, não me sentia por ter tudo.
Hoje sou nada porque tenho tudo
O que tens?
Nada
Porquê?
Porque tenho tudo
Então tens alguma coisa!
Sim tenho tudo
Uma pessoas só é feliz dentro do seu tudo porque fica sem nada, uma pessoa com nada é feliz, uma pessoa quando tem tudo diz que não tem nada porque não consegue explicar a complexidade do seu tudo.
O amor é um tudo dentro de um nada, eu sou o nada e tu és o tudo o amor é aquilo que nos envolve o amor trouxe-me o tudo deixando-me sem nada, apenas com as minhas letras mal e porcamente escritas mas feliz, mais uma vez digo:
Feliz porque tenho tudo no meu nada
Feliz porque tenho nada no meu tudo
Feliz porque te tenho a ti como tudo
Feliz porque me tenho a mim como nada
Apenas...feliz por tudo!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tão pouco tempo...


Hoje há tempo sem tempo, tenho todo o tempo sem o ter, ele não é meu nem o quero, se depende-se de mim nem existia, odeio-o tal como odeio o tempo do outro tempo, o tempo do calor, odeio dois tempos, o tempo das horas e o tempo do sol.

Porque é que as pessoas são escravas do tempo?

Vivem sob suas ordens, ele ordena, nós fazemos, ás minhas 10 horas tens de estar á porta de casa com uma t-shirt porque o meu outro eu vai estar quente, e nós obedecemos porque se não o fizermos perdemos o tempo que nos foi dado para o fazer.

Então hoje não sais?

Não o tempo não deixa, está a chover vou ficar por aqui.

Mais uma vez ele mandou na nossa vida, no seu melhor fato obriga- nos a ficas em casa enrolados em mantas e na outra parte de nós, e não me venham com merdas a dizer que isso é mau porque não o é, ficamos em casa sem as condicionantes do tempo e sem nos chatear, ficamos só por ficar, porque é bom e chega.

E que mais nos pode fazer o tempo?

Nada, nós é que podemos fazer o que quisermos dele, pois daqui para a frente ele só anda para trás, pensem bem no que querem dele, pois está a esgotar-se!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Detesto pessoas


É apenas por isto que detesto pessoas, detesto-as porque não são sinceras umas com as outras, são falsas e más ao ponto de se fazerem de vitimas mesmo sabendo que o culpado é o seu eu!
Detesto pessoas porque sou pessoa, detesto pessoas porque destroem pessoas e porque lhe arrancam partes de si, detesto pessoas porque há pessoas que não são pessoas.
O que mais detesto nas pessoas é usarem outras pessoas para atingirem a sua meta, por mais mal que estejam a fazer não importa, é apenas mais uma pessoa, uma pessoa feia ou bonita, tanto faz, quero é outra pessoa, mas para ter outra pessoa preciso desta pessoa, que não quero, que quero apenas usar como isco.
E depois?
E depois o que?
Depois de teres a pessoa que queres, o que fazes com a que não queres?
Nada, mando-a embora, vai encontrar outra pessoa que a queira, mas vai sem um pedaço dela porque me amou, eu fiz com que essa pessoa me ama-se sem a amar, porque amava outra pessoa, usei-a como todas as pessoas fazem, usam-se e magoam-se.
Gostavas que te usassem para amares?
Não...
Então porque usas tu as pessoas para isso?
Para me sentir viva, para me sentir pessoa, para me sentir amada, pois eu não me amo, não sou pessoa, a pessoa ama e morre por amor, eu faço que me amem e que morram por mim, que morram por um bicho sem amor.

domingo, 28 de março de 2010

Entre copos e fumos

Sim estou bêbeda e depois?
A Janis Joplin também andava sempre mocada e vocês amavam-na e amam, mantenham então o mesmo sentimento por mim, amem-me!
Amem-me e odeiem-me mas no meio de tanto amor e ódio não me façam desaparecer por entre ruas e ruelas, por entre vidas e por entre nada, neste momento é aquilo que sei.
Vim-me embora do meio de uma festa, lembro-me do som de um tambor a rufar, lembro-me daquele som constantemente
PUM
PUM
PUM
PUM, bate coração bate
PUM, bate até te cansares
PUM, PUM, PUM...
E morreu, o tambor morreu, não, não foi o tambor que morreu, naquele momento tenho a certeza que alguém no mundo morreu e que outro alguém nasceu
...PUM, PUM, PUM
Entre tristezas e alegrias há apenas uma coisa em comum, ambas nos porpocionam lágrimas, ou de tristeza ou de felicidade, neste momento deito as minhas de felicidade por tudo o que tenho, neste momento tenho-me e sou feliz, mas odeio-me!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Adeus


Hoje sim, amanhã talvez

Hoje não, amanhã sim

Peço desculpa mas vou morrer

Não chorem

Na minha partida quero apenas aplausos

Aplausos como uma estrela recebe

Apesar de não o ser quero que me aplaudam

Aplaudam-me na minha partida

Aplaudam como que uma homenagem á minha vida

Mas por favor aplaudam

Quero girasois e tulipas negras

As minhas flores preferidas que nunca ninguém me ofereceu

Ofereçam-mas na minha partida

Quero também que vá tudo de branco, para que seja como uma boa porção de chantilly em cima de um morango

As minhas duas coisas preferidas

Só peço que na minha partida me deiam tudo aquilo que na minha presença não deram

Então aqui fica o pedido:

Risos, aplausos, flores, morangos e chantilly, por favor não me falheis, estarei a ver tudo aquilo que daqui para a frente se passar!

Uma boa noite...

terça-feira, 16 de março de 2010

A minha escrita


Gosto de escrever apenas por escrever, gosto de escrever porque as folhas não me interrompem para falarem delas, gosto de escrever porque posso imaginar tudo e mais alguma coisa, posso ser eu ou posso ser outro alguém, posso estar aqui e posso estar ali, posso estar eufórica como posso estar melancólica, posso amar e odiar e posso morrer!
Na minha escrita tudo é valido e tudo existe, em mim existem coisas do absurdo que nunca antes, em tempo algum foram escritas, adoro escrever e não ter sentido porque em mim não existe sentido, não existe sentido no ser, é porque tem de ser e quando deixar de ser já foi, mas foi e é bom quando é!
Tenho fome de letras, mas estou feliz porque agora consigo escrever, já não estou neutra nem fora de mim, hoje conheço-me e sei aquilo que sou, sou uma bola de neve que não derrete, mas sou uma bola, e não sei porque o sou mas gosto de o ser!

terça-feira, 9 de março de 2010

O meu ontem, hoje e amanha


Hoje acordei e vi o teu nome espalhado por toda a parte, tinha o teu nome na minha parede, o teu nome na minha cama, o teu nome em todos os carros que passavam por mim, o teu nome no céu, o teu nome em qualquer lado que eu olha-se...ele não estava la, está apenas cravado na minha mente como um pedaço de tinta permanente que nega sair de onde cai, estou a entrar num estado de loucura, estou a ficar doente por amor e nego ver minha cura...
Como qualquer viciado preciso do meu vicio, ou da cura para o mesmo, preciso de ti, preciso de ficar bem...Quero-te, e já sei escrever coisas onde apareças tu ou o teu nome, desaprendi a escrever de o que quer que seja se não estiveres la tu...
Amo-te...pff...volta...

domingo, 7 de março de 2010

Outro de muitos

Ontem quando terminei o teatro alguém me disse:
-A menina era a fada que se transformou em flor de ervilha?
-Sou sim- respondi eu confusa
-Achei-a com um ar tão bem disposto na personagem, mas vi que estava tão destruída por dentro, que me deu vontade de a meter dentro de uma mala e levar comigo para casa!-Disse um desconhecido do publico
-É muito simpático da sua parte, mas acredite que não me queria ter em casa...-com um sorriso me despedi e deixei o estranho a meio de um elogio para comigo.
É bom ver que até os desconhecidos reparam em nós, é bom ver que ate pessoas que não nos são nada se preocupam connosco...
Tenho visto um bonsai que tenho pelo quarto a crescer cada dia que passa, está verde e começa a ter flores para mais tarde dar frutos, foi-me oferecido numa ocasião muito especial e sem estar á espera, pois tenho uma memoria defeituosa e esqueço frequentemente datas, olho para ele e penso que pode simbolizar o nosso amor que cresce cada dia que passa, cresce, cresce e cresce...e ainda não deixou de crescer, o bonsai ainda não morreu, tal como o nosso amor, queria poder regar tudo como rego o meu bonsai para que possa viver.

sábado, 6 de março de 2010

Fim


E acabou...Tudo o que demorou uma eternidade a ser construído com tanto amor e carinho acabou assim porque teve de ser, acabou entre lágrimas e desmaios causados pela emoção...não me importa como é que acabou importa apenas que acabou que uma metade de mim saio sem avisar e não vai mais voltar, perdi-a no meio no nada onde se consegue achar tudo, perdi-me, não serei mais eu porque me falto em mim, odeio-me tenho nojo da pessoa que sou, não consigo estar comigo...não consigo escrever, não consigo respirar não consigo ser feliz não consigo nada...se não consigo nada o que ando aqui a fazer?
Nada...e esse nada que sou eu vai acabar-se tal como tudo na minha vida...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mais coisas sem nada


Apesar de tudo continuo a amar-te, peço desculpa mas não consigo mudar o que sinto e este amor faz-me querer-te mais que tudo...Não quero que vás por favor...Nestes dias tenho-me sentido mais incompleta que nunca pois foste a primeira e única pessoa a mostrar-me o que era o amor, consegui amar sem me perguntar o porquê de alguma coisa, andava nas nuvens sentia-me bem, fazias-me sentir tão bem comigo e com os outros, fizes-te de mim uma pessoa bem melhor...Não há mais nada a dizer...Só que te amo!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Só porque sim

Estou a escrever este texto directamente aqui, sem estar a passar do moleskine como faço sempre...não vou passar o que tenho escrito acho que me excedi em tão pouco tempo e não tenho paciência para estar a passar o que quer que seja, hoje estou assim sem paciência para mim.
Não quero dizer nada com este texto apenas me apeteceu escrever aqui como se tivesse a falar com alguém, só porque sim, porque não tenho mais que fazer, porque tenho que estar entretida para não pensar, quero desaparecer daqui sem que ninguém se aperceba, para bem longe, numa parte tão recondida que ninguém me ira poder ver ou ouvir, um dia irei fazê-lo, um dia irei desaparecer e ficar apenas eu com o meu eu, um dia quando for grande vou construir um mundo meu onde mais ninguém vai entrar, hoje descobri que importo eu, e que se alguém importante para mim esse alguém tenho que ser eu, descobri isto atravez de pessoas que estão sempre comigo e me apoiam em tudo e essas duas pessoas sabem quem sao e sabem também que vão ter sempre um lugarzinho no meu mundinho...
Não consigo mais...não quero mais...quero gritar...quero morrer!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Triste


Hoje sinto.me triste apenas por sentir, vejo coisas que me levam a pensar e repensar em mim, então não estou triste mas sim sou triste, sou uma pessoa triste que sorri por imitação aos outros, quero ser feliz e não pensar, mas sou feliz só que estou triste e porque é que estou triste?
Não sei, não quero saber apenas quero chorar, quero que o mundo pare e já!
Se o mundo parar vou altera-lo a meu jeito não lhe vou tirar a tristeza, pois uma pessoa triste é feliz na sua loucura e solidão e foi isso que um dia fui, uma louca feliz dentro do meu mundo de solidão, hoje sou uma louca feliz no meu mundo partilhado com a pessoa que me faz sorrir e me ensinou a amar, mas estou triste, sou uma louca feliz mas triste!
E com toda esta merda de conversa nem eu ainda descobri o porquê de estar triste, apenas sei que o estou, mas será mesmo necessária uma razão para se estar triste? Não se pode estar triste e pronto?
O problema é que não o quero estar, tenho medo e não tenho, quero-me lúcida dentro da minha loucura, mas acima de tudo quero que a tristeza desapareça, mas parece que hoje não vou ter essa sorte, vou sentar-me e esperar, tal como Beckett esperou por Godot e ele nunca chegou!
Isto tudo era para dizer que estou triste e estou a escrever este texto ao som da música de Jorge Palma "Deixa-me rir" uma música bem sarcástica e que iniciou o meu dia de hoje!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Que se foda!


A pilinha quando fica contente espirra!


ATCHIM

e depois

SPLASH


Escrever coisas sem sentido para o mais comum dos mortais, mas se bem explorado faz o mais sentido possível e é bastante básico de se atingir o esperado.

Coisas perversas que é o que todos nós gostamos e que mais facilmente nos faz soltar uma gargalhada, coisas perversas que nos fazem sonhar como será a noite de hoje com aquela pessoa tão especial, ou se conseguimos fazer as coisas perversas que imaginamos com essa pessoa, coisas que nos exitam, que nos levam e trazem do céu, quero comer-te até o mundo não ter mais tempo que nos dar, quero foder-te e quero que me fodas, pois a vida não passa de uma enorme foda e ninguém sai sem ser fodido por ela, por isso antes que ela acabe com vocês fodam tudo e todos!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Morri


Ontem antes de adormecer lembrei-me de algo que queria escrever aqui, hoje já não sei o que era, já não me lembro, apenas sei que tenho uma memoria defeituosa que não aguenta guardar tão pouca coisa, era apenas um bom inicio de texto.
Sinto-me triste, tudo me foge até as letras que antes não me abandonavam hoje fogem-me por entre memorias e recordações, sinto-me a perder tudo e cada vez mais sozinha neste mundo.
Tenho vontade de me isolar no meu mundo e chorar até as lágrimas deixarem de escorrer por o meu corpo não ter mais água que dar, tenho vontade de desaparecer como outrora fazia constantemente, tenho saudades de mim, tenho medo de mim, daquilo que fui e não quero voltar a ser, voltar a eloquecer na minha própria loucura, sofucar-me no meu próprio ar ou matar-me com as minhas próprias mãos, antes me vou matar com as minhas próprias palavras, por isso meus amigos morri, sem sofrimento ou dor, apenas me sinto fria e sem sentido de afecto por vós, perdi-o, não consigo sentir o carinho que antes existia pois morri e sinto-me fria!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O meu nada


Hoje o vento levou-me uma folha cheia de nada...

Apesar de estar cheia de nada era minha, era importante para mim e insignificante para os outros pois estava cheia do meu nada.

O meu nada é tudo para mim, porque é meu, pode ser nada mas é o meu nada, para os outros é apenas nada.

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã, não irei entrar em pânico como o mais comum dos mortais, vou ficar dentro do meu nada a pensar no que poderia fazer se o mundo não acaba-se amanhã, o que vai ficar por dizer, o que fica por fazer, os lugares que ficam por ver, fica tudo para trás e por fazer porque até hoje não fiz nada, e não fiz nada porque não tenho que fazer, alguém faz com que o meu nada se ocupe com um tudo e me separe do nada.

Gosto do meu nada não me dá que pensar nem que fazer, apenas me permite respirar que é a única coisa que faço sem pensar ou sem me cansar.

Apenas sei que neste imenso mundo de tudo encontra-se um pequeno ponto cheio de nada, eu!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Medo


Medo é isso que tenho, não do escuro como uma criança, tenho medo de ficar sozinha outra vez.
Não quero deambular por entre vidas e ruas desconhecidas como apenas mais uma que ali passa, quero ficar na tua vida como uma marca de tinta permanente, quero abraçar-te sentir o teu calor através do abraço que me conforta, beijar-te e sentir-te através desse beijo aquecer-me nele abrir lentamente os olhos, olhar os teus e suavemente soletrar um "Amo-te" acompanhado de uma tímida expressão.
Não imaginas o quão reconfortante é adormecer nos teus braços e despertar neles, num abraço sufocante seguido de um beijo e de um sorriso, adoro quando o silêncio nos envolve e me olhas fixamente nos olhos, não precisas de me dizer o que quer que seja pois a maneira como me olhas diz tudo e muito, fazes-me sentir num outro mundo, nos momentos em que estou contigo nada mais importa sem ser o teu toque que me arrepia, a tua respiração ofegante e sobretudo tu, apenas tu, apenas tudo.
Amo-te

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E agora?


E agora?
Vou passar o resto do tempo a escrever sobre aquilo ou quem me faz feliz?
E agora?
Vou encher o meleskine com textos sobre como me sinto feliz e o bom que isso é?
E agora?
Vou repetir constantemente em textos intermináveis o nome da pessoa que me faz feliz?

Ainda me lembro do tempo em que escrevia com tanta raiva e azedume que conseguia perfurar as folhas, não quero voltar a essa fase gosto de estar como estou e quero manter esta nova pessoa que aprendeu a sorrir, que aprendeu a ver o sol por janelas entreabertas, que aprendeu a descongelar o gelo existente no seu peito, descongelou aquilo que a maioria das pessoas chama de coração permitindo-a assim aprender a amar, coisa estranha esta!

Neste inverno quero apenas ver o frio dentro de um quarto quente, abrigada em ti, um inverno diferente de todos aqueles que tive até hoje, mas sem duvida o melhor.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Um pequeno excerto daquilo que poderia chamar de "Meu livro"


"(...) e ela foi dada ao abandono, quando este se apercebeu que ninguém a queria acolheu-a como se tive-se sido sempre dele e estava pronto a ama-la como nunca antes ninguém o tinha feito e isso punha-o a pensar: "Se ninguém a quer é porque ninguém a ama, se ninguém a ama é porque é perfeita de mais, é perfeita ao ponto de ninguém se sentir á altura de a conseguir amar!"
Ao despertar, Miriam pergunta ao abandono:
- O que faço eu contigo? Eu era feliz com ele!
- Não Miriam, tu fazias de tudo para ser feliz, ao contrario dele que apenas se mantinha contigo, tu amava-lo sim, ele usava-te, tu fazias com que ele estive-se feliz e ele pouco ou nada fazia por ti, por isso acolhi-te, és minha e vou-te amar, dar-te o mundo que nunca tives-te Miriam, eu vou dar-te o amor! - Disse o abandono
- Mas em ti há apenas a solidão, e quem vive dentro da solidão, do sofrimento não é feliz e tão pouco vê o que é o amor! - Reclamou Miriam
- Enganas-te meu amor, é preciso que estejas sozinha e dada ao abandono para que possas perceber o quanto importante és para ti própria - Disse calmamente o abandono(...)"

sábado, 9 de janeiro de 2010

Perdida em mim


Aparentemente sim, mas por dentro não!
Mas o que é isto? Não sei, não sei sobre o que escrevo, sei que simplesmente escrevo sem razão alguma, estou aborrecida e tenho que me distrair com algo, deveria estar a terminar outros textos pendentes e residentes no meu moleskine, mas estou sem grande imaginação para o fazer, se bem que neste caso não seria necessária a imaginação mas sim deixar o lápis apoderar-se da minha mão e ir preenchendo as linhas vazias.
Ando triste, sem nada para escrever e por isso digo que estou triste, por a minha imaginação não me permitir fazer uma das coisas que mais gosto, queria escrever tal como respiro, queria que a minha escrita fosse tão natural como o próprio ar que respiro, a simples maneira como vou escrevendo deveria-me sair tão naturalmente como um suspiro, a minha escrita deveria ser como um suspiro da minha alma.
Talvez por a escrita não me sair tão naturalmente como antes esteja a ficar sem alma, pois a minha alma até hoje tem-se baseado na minha escrita e hoje por e simplesmente ela está a ir-se embora, estou a ficar sem ela...estou a morrer!