quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ser ou não ser, eis a questão!


Tenho vida sem a ter, tenho-a porque ma deram sem eu a pedir e hoje não sei lidar com ela e também não sei o que lhe faça.
Acho que antes de nascermos devíamos ser informados para aquilo que vínhamos, não era simplesmente proporcionar prazer a dois indivíduos desconhecidos que irão acabar, a bem ou a mal, por serem nossos pais.
Posso dizer que sou um erro teatral, a minha vida poderia muito bem ser uma peça de teatro, visto que foi nos confins do mesmo que fui concebida, sou uma farsa!
Porque não a farsa de Inês Pereira, que tem como objectivo comprovar o proverbio "Mais quero um asno que me carregue, que um cavalo que me derrube!", e lá está, eu no meio de tanta gente fui parar ao meu pai porque sabia que este iria procriar com uma mulher que m iria carregar mesmo que eu fosse uma farsa, e ela carregou!
Visto que sou uma farsa da união de dois indivíduos isso faz-me sentir sem sentido algum, sou por ser e não por querer, mas parece que todos hoje em dia apenas existimos e não vivemos, como se costuma dizer anda-se por ver andar os outros...
Hoje descobri que sou um nada, uma farsa que existe, hoje sinto-me sem sentir, sem sentido porque não existo!