sábado, 21 de novembro de 2009

Mais coisas sem sentido


Hoje sinto-me sem me sentir, sinto-me mal mas ao mesmo tempo por me sentir mal sinto-me sem nada logo não me sinto.
Farto-me de escrever coisas estúpidas e sem sentido, quero ter sentido, quero ter uma lógica em mim...mas nada tem lógica, porque é que eu, um simples fruto do ser, do existir, um corpo com muito pouco interesse tem de ter lógica ou sentido na sua existência?
Mas...Eu, quem?
Sou uma tendência artística não expansiva mas sim contraída, sendo a arte a apoteose da solidão, logicamente que nunca soube pensar nem dialogar, aliás nem me esforço para tal pois tudo o que digo se anula, assim nunca terei dito nada, mas uma coisa é certa, quando tiver perdido a consciência não será para a recuperar pois quando há vida há desespero e não me agrada recuperar esse desespero.
Em relação á vida, há algo ligado a ela, o tempo, o monstro de duas cabeças de condenação ou salvação que por sua vez dá origem á memoria, talvez seja bom ter memória...sabem é que a minha é defeituosa tal como todas estas palavras juntas que deram origem ao que se pode chamar texto!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Um de muitos textos parvos

Hoje parei para olhar o meu moleskine e vi que todos os meus textos não têm titulo, em vez disso têm a inicial da primeira palavra do texto em letra garrafal e com umas formas estranhas acompanhado por um comentário em rodapé com a assinatura da própria o dia e a hora, para não falar nalguns desenhos desajeitados, papel molhado devido às lágrimas que por vezes em momentos mais frágeis fogem dos olhos e pingam na folha amarela ou até mesmo em algumas letras de música ou partes delas!
E agora que paro para pensar, rara é a vez, acabei de descrever o meu moleskine da maneira mais estúpida e mal agradecia que poderia fazer, pois este é o meu fiel companheiro de vida e viagem, o segundo, em tempos tive um maior e com um livro lá dentro, mas alguém muito querido me roubou!
Felicidades á personagem

domingo, 15 de novembro de 2009

A vida é um hábito


O hábito é o balastro que prende o cão ao seu vómito. Respirar é um hábito. A vida é um hábito. Ou melhor, a vida é uma sucessão de hábitos, porque o indivíduo é uma sucessão de indivíduos [...] «Hábito» é pois o termo genérico para os inúmeros contratos celebrados entre os inúmeros sujeitos que constituem o indivíduo e os seus inúmeros objectos correlativos. Os períodos de transição que separam as consecutivas adaptações [...] representam as zonas perigosas na vida do indivíduo, perigosas, penosas, misteriosas e férteis, em que, por um momento, o tédio de viver é substituído pelo sofrimento de ser.


Samuel Beckett, in 'À Espera de Godot'

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Nem eu sei um possivel titulo!

Olho para mim não vejo mais que um corpo a deambular por entre ruas escuras e vazias onde ninguém o possa ver ou ouvir.
Aquilo que trago dentro do corpo simboliza-me, sou eu. Não sei o que esta dentro de mim mas sei que sou eu, isso que esta dentro deste invólucro sou eu. PÁRA DE OLHAR PARA MIM!
Será que sou alguém?
Ao menos tenho a certeza que não há ninguém igual a mim, por mais parecida a alguém que possa ser, esse alguém nunca irá ser igual a mim!
Estarei viva?
Não sei, diz-se que só se sente a vida quando se ama!
O amor e a vida são coisas que existem?
Para mim são apenas coisas, coisas que nunca vi ou senti, são coisas! A vida talvez não seja tão coisa, é uma coisa que sei que tenho mas ainda tento descobrir o significado.
Vamos acabar por aqui hoje…Sinto-me pequena

domingo, 8 de novembro de 2009

Fly me to the moon

Por vezes sei que saio do meu eu, e vou até a um lugar bem melhor, lugar para onde só tu me consegues levar, um lugar bom mas sem grande identidade, já lhe chamei Lua ou simplesmente o fora do mundo!
Mas afinal o que é?
Sinto um turbilhão de emoções, emoções, sentimentos, loucura, paixão, e AAHHHHHHHH, saio de mim...! Mais tarde sinto o quanto me apertas, o quanto estas dentro de mim e como eu gosto da maneira como me fazes sentir e do lugar para onde vou!
E que lugar é esse? Um lugar lindo de ver, como os sítios paradisíacos que tantas mulheres cobiçam e sonham para a sua Lua de mel! Lá esta o termo "Lua" de novo, pelo que parece Lua é um sitio bom, um sitio difícil de alcançar mas depois de se alcançar impossível de esquecer e ainda com mais vontade de se regressar lá, é uma Lua diferente, uma Lua só nossa pois quando lá estou só nos vejo a nos, não mais nada do que os nossos corpos envoltos entre si e de um momento para o outro os corpos permanecem unidos mas numa cama tão vulgar como qualquer outra.
Mas tudo o que é bom acaba depressa, e se assim é eu deveria ter morrido á muito, como a Lua, já morta mas alimentada por o seu fiel sol.

Pontos para quê?!


Acordo!
Pergunto-me porquê, pois estou cansada e quero continuar a dormir, vês? já estas a utilizar virgulas no teu dia, e aparece do nada um ponto de interrogação!
És capaz de fazer do teu dia um dia continuo sem virgulas ou interrogações?
Para de te interrogar e faz tudo de seguida sem que algo te pare ou te interrompa, tal como uma virgula, não te para mas interrompe-te e mete-te a pensar se deveras mesmo, não te para mas pode vir a parar, não gosto que me parem, gosto de fazer o que me da na real gana sem que venham atrás de mim dizer o que fazer ou não fazer, sem dar justificações a ninguém dizer onde estou ou deixo de estar, o quê e porquê!
Pára de meter entraves no dia a dia, vive e não te perguntes o porque das coisas, são assim porque tem de ser, acontecem porque tem de acontecer, por isso digo, tenho duvidas em três virgulas e sou contra o ponto de interrogação...Ponto final? Desconheço!

Só porque sim!


Apetece-me escrever sem limites, sem ideias, sem um tema definido, apetece-me escrever só por escrever, escrever sobre tudo ou escrever sobre nada porque escrever sobre nada já é escrever sobre um tudo que não é nada!
E agora não me apetece escrever sobre mais nada, mas tenho que justificar este nada porque na cabeça de muitas pessoas por detrás dum nada há um tudo, como quando te perguntam "o que se passa contigo?" e tu respondes "Nada!" mas sabes que se passa tudo e que não estas bem com nada, sabes que naquele momento tens todos os maus sentimentos e pressentimentos, sentes-te mal contigo próprio, então porque não dizes a verdade quando alguém te pergunta o que se passa? nesse momento em vez de dizeres um nada complexo podias dizer um tudo simples, um tudo que todas as pessoas tiveram o prazer de conhecer e que lhe da vontade de fugir do mundo para onde ninguém os possa ver ou ouvir...
Por isso acabo aqui um texto cheio de nada, com tudo no fim e umas coisas pelo meio!

Texto para nada!


Quero libertar este grito de revolta que trago dentro de mim, quero que o mundo o conheça e que fique com ele porque eu não o suporto mais...!
Sempre soube que neste mundo ninguém é perfeito, nem eu sou, só queria saber o porquê de eu não conseguir ser perfeita para ninguém ou ser tão perfeita que ninguém me consegue aturar!
Serei tão diferente daquilo que é normal um ser humano ser?
Ou serei um ponto tão fraco no universo do qual as pessoas se aproveitam e usam até se fartarem?
Talvez seja esse ponto franco e frágil que não deveria estar neste mundo e regressar ao mundo que me pertence, um mundo onde não existem sentimentos nem corações, um mundo repleto de gelo, um mundo obscuro, o meu mundo...
A minha casa...
A solidão!