sábado, 16 de maio de 2009

Um pouco de mim

Dizem que sou uma pessoa alegre, divertida, sempre com um sorriso nos lábios para oferecer, mas…será que sou assim mesmo?! Quando olho para mim, não acho que a pessoa que demonstro ser, seja eu verdadeiramente, mas mais um refúgio das minhas mágoas para ninguém perceber o que se passa comigo, porque talvez, se soubessem, sentiriam pena. Uma pena que não suporto, nem quero que sintam. A minha historia repete-se dias e dias a fio, sem nunca mudar… as vezes quando penso que agora chegou a hora de tudo tomar um rumo diferente, há algo que faz com que a história se repita, sabendo sempre qual vai ser o seu final, voltando sempre à agonia que sentia, ficando sempre no buraco que tento sair à anos e que nunca consegui sair completamente, talvez por haver mais pessoas nesse buraco que eu quero trazer comigo, ou talvez porque ainda não consegui mesmo. Os anos passam e eu continuo sempre no mesmo barco, navegando sem rumo, querendo chegar a um porto seguro, mas sem resultado. Os portos que sempre vi foram miragens... Até quando vou conseguir tomar conta deste barco? Até quando vou ter forças para acalmar a tripulação dizendo que já falta pouco, que desta vez vou achar a solução? Quando é que vai acabar as mentiras? Quando é que vamos ser sinceros e perceber que se isto continuar assim, o barco cada vez vai afundar-se mais até a um ponto em que não haverá mais retorna? Só peço um momento de paz, que se esqueçam de mim por uns dias, que simplesmente esqueçam que eu existo. Já sei que agora existe muitas pessoas que me ignoram, que simplesmente eu não existo, que sou apenas um viajante clandestino que nunca deveria estar ali. A minha cabeça é tão confusa, por um lado quero que se esqueçam de mim mas por outro lado quero que me acolham, que me protejam dos perigos, que cuidem de mim. Que me abracem quando preciso, que me dêem um ombro para eu agarrar e chorar, já que não o posso fazer na presença das pessoas que estão comigo no mesmo barco. Tenho que ser a mais forte de lá, porque se não for, o barco afundar-se-á de certeza e aí, se isso acontecer eu acabarei por morrer nesse preciso instante. Por dentro e por fora eu morrerei, a minha vida não terá nenhum sentido. Não conseguirei mudar esta história sozinha. Sem mim o barco afunda e eu sem ninguém nunca conseguirei levar o barco para um porto seguro. Dizem que sou uma rapariga positiva, mas… sou apenas uma rapariga que tenta encontrar a felicidade...

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